sexta-feira, 8 de maio de 2009

Amélia

Era minha avó.
Hoje seria seu aniversário. Faria 106 anos, se estivesse viva.
Morreu relativamente jovem, em 1969. Morte súbita. Pareceu dormir enquanto assistia o programa da Hebe (ela tinha um programa na TV Record). Ela era fã. Eu tinha 7 anos. Foi o meu primeiro luto.
Minha avó era muito ligada a mim. Eu era a sua "queridinha".
É muito bom ser a "queridinha da vovó", garanto.
Ela me ensinou a ler vendo os cartazes da estrada para Santos. Aos 3 anos quando entrei na escola, já lia tudinho.
Exímia pianista, grande doceira, talvez por suas raízes austríacas, exigente e disciplinada, guerreira. Foi uma mulher bonita.
Tinha se casado com meu avô em segundas núpcias, pois seu primeiro marido, Oscar Scarpa, da Caracu de Rio Claro, faleceu jovem.
Foi uma das fundadoras do Rotary Club de Campinas. Foi uma socialite.
Dizia sempre: "quem não se enfeita, por si se enjeita". Talvez eu a teria decepcionado neste quesito.
Amélia, minha avó, foi uma mulher de verdade.

Um comentário:

  1. eu perdi minha avó paterna com 10 anos. lembro direitinho de tudo.
    também foi meu primeiro luto.....
    como ela faz falta!

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