Era uma vez, no Reino das Bananas...

Tizio vivia no aprazível e feliz Reino das Bananas.
Não era rei, nem capitão.
Mas tinha sua terrinha, onde plantava bananas e verdurinhas.
Um dia, o rei decretou que a plantação de bananas de Tizio deveria virar um parque. Aquático, para poder ouvir Haendel em sua barcaça, Wagner e, porque não, Zezé de Camargo e seu irmão.
Por ter feito magnífica obra, o rei receberia honras e presentes dos tesoureiros de todos os reinos. Só teria que demonstrar ter sido um bom rei, sem soprusos ou abusos.
Assim, Tizio parou de plantar na terra, deixou de colher suas bananinhas e verduras. Mas ainda assim tinha que pagar os impostos ao rei.
O tempo passou e o rei nunca pagou Tizio por seu terreno pois a famosa demonstração não aconteceu e os presentes não chegaram, não.
O tempo passou e um dia chegou que o povo gritou: -"Morreu o rei, vida longa ao novo! Viva o povo!".
Mas, o novo rei, na mão dos barões assinalados que não foram além da Taprobana, não podia ou não queria pagar Tizio. Tanto faz, visto que dá no mesmo, pois Tizio adoeceu. Tizio se endividou. Tizio entristeceu. Tizio quase morreu.
Pobre Tizio! Se fosse barão, poderia até ter opinião. Mas como ele não era não, continuou na mão.

Moral da história: no Reino das Bananas, quem é só bananeiro não conta. Era melhor se fosse zoieiro, zoiudo ou cabeludo. Que aparecesse na TV, no BBB, no "Um contra cem", com ou sem vintém. Seria bom se acabasse barão, com um baita castelão.
Ou que contasse um conto, uma fábula, uma história para boi dormir...para a carapuça servir no rei, nos barões e em quem forma opiniões.

Como se diria lá pras bandas de Minas: "eita, tudo verdade verdadeira!".