sábado, 5 de outubro de 2024
Ambiguidade
Acordei com saudades de você, da sua voz.
E fui procurar imagens de um tempo em que a gente vivia simplesmente, sem pensar na morte (precoce). A vida simplesmente acontecia, com suas dose diárias de problemas.
A única certeza era a sua presença ali.
Repassei o último ano, as perdas, as dores.
Chorei.
A vida, prepotente, seguiu. Seguirá também depois de mim.
Entendi como as coisas mais simples são tão preciosas na sua ambiguidade: fugazes, instantâneas e ao mesmo tempo eternas. Presença e ausência.
Vi seu sorriso benevolente nas fotos, ouvi sua voz em um vídeo (que nem era destinado a mim). E foi ao mesmo tempo um bálsamo e um punhal na alma.
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