Ontem morreu Michael Jackson.
Personagem esdrúxulo, cheio de nuances nem sempre luminosas, mas inegavelmente um artista que marcou uma época.
Tem quem gosta, quem adora, quem detesta, mas é impossível ter vivido nos anos 70 e 80 e estar imune à sua música e à sua arte.
Para mim, um disco marcante foi "Of the Wall", ainda anterior a fase bombástica dos thrillers, e a fase ainda mais Motown de "Ben", "Music and Me" e "A,B,C".
As mais antiguinhas embalaram a minha pré-adolescência cheia de suspiros platônicos e a outra marcou o período que ingressei na faculdade, final dos anos 70, mais precisamente 1979.
Quando morre um artista importante, é um pouco como uma perda pessoal. Me lembro quando morreu Elvis Presley (que teria sido "sogro" de Jackson), John Lennon (cujos direitos das canções do Beatles foram comprados por ele),..., e mais próximos Elis, Cazuza,... e a perplexidade de pensar que mesmo eles morrem, quase como se fossem parte da sua família, amigos próximos.
A gente não pensa, mas a nossa vida, assim como as novelas, são permeadas por uma coluna sonora. Cada fase, cada período, traz marcada a sonoridade daquela época. Coisa que quando você escuta de novo, anos depois, traz uma maré de memórias, pessoas, emoções, cheiros e lugares. A gente fica jovem de novo, encontra as pessoas que se foram, e por alguns segundos eles vivem em nós.
Eu tenho a minha coluna sonora, algumas canções inesquecíveis que contam a história da minha vida.
Você também tem. Quem sabe, assim como na minha "viagem para Ithaca", a sua também tenha alguma canção de Michael Jackson.
Então, ligue o som, "Heal the world" e "Don't stop 'til you get enough"...
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