sexta-feira, 26 de junho de 2009

A coluna sonora da nossa vida

Ontem morreu Michael Jackson.
Personagem esdrúxulo, cheio de nuances nem sempre luminosas, mas inegavelmente um artista que marcou uma época.
Tem quem gosta, quem adora, quem detesta, mas é impossível ter vivido nos anos 70 e 80 e estar imune à sua música e à sua arte.
Para mim, um disco marcante foi "Of the Wall", ainda anterior a fase bombástica dos thrillers, e a fase ainda mais Motown de "Ben", "Music and Me" e "A,B,C".
As mais antiguinhas embalaram a minha pré-adolescência cheia de suspiros platônicos e a outra marcou o período que ingressei na faculdade, final dos anos 70, mais precisamente 1979.
Quando morre um artista importante, é um pouco como uma perda pessoal. Me lembro quando morreu Elvis Presley (que teria sido "sogro" de Jackson), John Lennon (cujos direitos das canções do Beatles foram comprados por ele),..., e mais próximos Elis, Cazuza,... e a perplexidade de pensar que mesmo eles morrem, quase como se fossem parte da sua família, amigos próximos.
A gente não pensa, mas a nossa vida, assim como as novelas, são permeadas por uma coluna sonora. Cada fase, cada período, traz marcada a sonoridade daquela época. Coisa que quando você escuta de novo, anos depois, traz uma maré de memórias, pessoas, emoções, cheiros e lugares. A gente fica jovem de novo, encontra as pessoas que se foram, e por alguns segundos eles vivem em nós.
Eu tenho a minha coluna sonora, algumas canções inesquecíveis que contam a história da minha vida.
Você também tem. Quem sabe, assim como na minha "viagem para Ithaca", a sua também tenha alguma canção de Michael Jackson.
Então, ligue o som, "Heal the world" e "Don't stop 'til you get enough"...



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