
Esta é uma época onde pipocam bandeirinhas para todos os lados.
É como se de repente a nação se descobrisse um povo.
Todos devidamente uniformizados de verde e amarelo, grandes entendedores de regras do futebol e de mandingas e superstições infalíveis.
As lojas desfilam as novas televisões na esperança de vendê-las a uma horda de fanáticos torcedores que precisam, aliás, necessitam, de uma tela de 42 polegadas Full HD para ver as partidas. Isto, no mínimo!
Os horários dos bancos mudam, as escolas idem. As faculdades dispensam os alunos, afinal nada melhor que uma cota copa para aumentar a carga horária das folgas e feriados nacionais.
Os hospitais têm turnos especiais e os pronto-socorros se esvaziam, exceto aqueles que possuem uma TV na recepção.
Já faz algum tempo em que Dunga é mais que o anão da Branca de Neve. Já vem protagonizando esta coisa faz algumas edições e já parece parente de algum conhecido.
Vai começar a Copa. Aquela época que acomete de loucura sazonal todo um povo. Talvez todo o mundo, ou pelo menos aqueles mais apaixonados ou mais coinvoltos. E viva a Serotonina, a Dopamina, a Adrenalina. E viva!
Daqui à pouco começa a abertura.
Graças a Deus longe daquelas cornetas horrendas que vão de moda em plagas africanas, porque nem no meu melhor estado de espírito seria capaz de suportar aquela coisa barulhenta nos meus tímpanos. Já está de bom tamanho o buzinaço e as panelas.
Se vai ganhar ou não, só saberemos no final. Vale a diversão e o espetáculo.
Já começou os preparativos?
A próxima vai ser no nosso quintal...
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