domingo, 25 de abril de 2021

Bom dia, Tristeza!

 A tristeza que tenho em mim me afaga e afoga. 

Às vezes transborda dos meus olhos como maré alta num ciclone.  Às vezes é só um olhar opaco e sem graça. 

Começo a ver agora que sempre esteve aí, mas a minha juventude a percebia diferente, lhe dava outros nomes. Agora eu a reconheço com clareza. Vejo suas marcas. 

Consigo ver o sol, sinto a luz e o calor. Mas não basta. 

Às vezes me pergunto se há outras formas de sentir. Se há alguém que consegue se libertar da tristeza. Às vezes rio, às vezes sonho, mas ela permanece em mim. Avassaladora ou mansa, me olha com seus olhos grandes e vazios. 


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