sábado, 8 de maio de 2021

Manhã

 O sol vem empurrando o dia pelo vão da minha janela. 

Eu olho a luz que invade o quarto com a indiferença dos anestesiados.

A perda recente e brusca do amigo me trouxe de novo a consciência da futilidade do todo. E me fez pensar no que é real e no sentido de existir.  Passamos o tempo como mariposas na luz, iludidos pelo fogo fátuo de um futuro inexistente. 

Eu choro a dor da consciência do vazio.

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