segunda-feira, 11 de outubro de 2021

Liberdades

 É surpreendente ver como o mundo se tornou estúpido. Tantos bradando opiniões rasas, cujos conceitos desconhecem, despejando a raiva e a frustração de suas vidas medíocres, como se ao gritar alto a realidade se curvasse aos seus discursos delirantes. Me causa grande perplexidade que os comportamentos se reproduzam em diferentes lugares, com latitudes e condições socioeconômicas diferentes. 

Certos comportamentos me fizeram pensar em como a facilidade de ter informações instantâneas destruiu o valor do conhecimento sedimentado e do aprendizado. Afinal, basta um toque e estará tudo lá, na tela, criando uma falsa sensação de erudição. 

Falsa, pois muitos nem sabem utilizar e organizar com um mínimo de lógica, os dados que lhes são apresentados, tomando-os como justos e bons indiferentemente. E absurdos passam magicamente a uma pseudocondição de plausibilidade, impulsionados por uma necessidade de se impor e de certa forma dar visibilidade à própria existência. 

Retornamos ao “pensamento mágico” de nossos ancestrais. 

Diariamente desfilam diante dos olhos sinais claros desta aberração disfarçados de uma pretensa “liberdade”.  Há tantas “liberdades”, mas pouco compromisso com elas. Só que, para viver em sociedade, não se é totalmente livre. Existem regras. É uma antiga máxima dizer que a liberdade individual termina quando começa a liberdade do outro.  Assim, comportamentos egocentrados não têm espaço numa sociedade equilibrada. 

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