segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Influencers

 Vai de moda ser “influencer”. Anglicismo para definir o sujeito que muda a sua opinião através de convencimento. 

Eu respeito poucos “influencers”, mesmo porque não é qualquer um que é capaz de fazê-lo. Convencer é particularmente difícil se você possui uma certa base para seus próprios raciocínios. 

No entanto, é trabalhoso pensar por si. Exige observação, análise, estudo, crítica e acima de tudo, responsabilidade. São ítens escarsos nesses tempos que correm. 

Talvez seja por isso que esses sujeitos fazem tanto sucesso. 

Estive observando a valência dos tais influenciadores e vejo que a espessura de suas opiniões é de um nanômetro. Na maioria das vezes são garotos-propaganda de marcas que os pagam para expressar qualidades (nem sempre tão excelsas) de uma miríade de produtos.  Outros, são pagos para disseminar conceitos equivocados, meias-verdades, falácias com contorcidos raciocínios ideológicos.

E os tais “seguidores” não são outra coisa que massa de consumo, idiotas úteis, que são usados por aqueles que “criam” os modismos. 

Influencers são, em sua maioria, meros vendedores, não avaliadores críticos ou balizados por conhecimento específico. 

A imediatez da informação e o volume disponibilizado torna, outrossim, todas as opiniões equivalentes. 

Quando alguém se identifica com o mister de “influenciador”, confesso, me causa um grande desconforto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário