domingo, 13 de agosto de 2023

Pareidolia

 Às vezes o que vejo não existe.

É uma armadilha da mente,

Uma justificativa plausível,

Uma fuga,

Imaginação.

Às vezes me desilude,

às vezes, não. 


Vejo formas nas nuvens:

Dragões, tigres, coelhos…

Vejo olhos nos faróis dos carros, 

E rostos nas tomadas

Que, às vezes, sorriem para mim. 

Vejo sujeitos nas folhas secas, 

Borboletas, mulheres, dançarinos…


Vejo o que não está, mas que eu crio,

Como uma pequena deusa entediada. 



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