Hoje eu quero a benção
da água morna, quase fria,
para acalmar a neuralgia
que me queima a alma.
A onda calma
marcando a respiração.
Não há silêncio dentro.
A tristeza grita, atordoa.
A lágrima pesa como mercúrio líquido
enquanto a consciência voa
rumo ao infinito.
A rima é fraca e pobre
como o espírito.
A banheira enche devagar
me fazendo leve
como não sou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário