Hoje morreu José Saramago.
E a língua, já tão mirrada, tão encolhida,
maltratada, esquecida,
perdeu um braço, um gênio, uma pena.
E que pena! Que pena!
Hoje calou-se a voz portuguesa
e por um inteiro minuto
ficou de luto...
A idéia que fluia como música escrita em negrito
em pálidas páginas, já não flui mais.
Ficou a lembrança, a herança de palavras
deixadas para os olhos
como um presente
e o silêncio que acompanha
reverente
um texto bem escrito.
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