Estive observando o perfil dos defensores do dito “tratamento precoce”.
Existem grupos bem definidos: os totalmente ignorantes, facilmente manipuláveis por absoluta falta de argumentos exceto seus instintos; os mais “estudados” que sofrem de dissonância cognitiva; os ansiosos incapazes de encarar os próprios limites e suas frustrações; os portadores de distúrbios de personalidade.
No entanto, os vários grupos possuem um trato em comum que chama bastante a atenção. A tendência à fé. Geralmente são muito crentes, “espiritualizados”. Coloquei as aspas de propósito. São supersticiosos, ritualizados, tendem ao pensamento mágico. São medrosos, inseguros, necessitam geralmente de “aprovação” e reforço.
É sabido que o sujeito sob pressão (no caso, a pandemia) tende a assumir comportamentos regredidos: negação, raiva, transferência de responsabilidade, barganha e depressão (diante da falha e incongruências do pensamento) até finalmente chegar à aceitação e assumir atitudes proativas adequadas. Às vezes o processo é longo. Às vezes o perfil psicológico do sujeito impede esse caminho cognitivo.
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