Estranhamente, nesta anosmia, uma antiga memória olfativa de maresia e umidade.
Me recordei de quando íamos à Santos, no apartamento da Rua da Paz, oitavo andar, onde a brisa soprava macia, e trazia cheiro de praia e felicidade.
Agora, o apartamento não é mais que uma lembrança.
Assim como os pratos decorados que disputávamos, com desenho de peixe, de tomate ou pimentão ou como os baralhos com figuras bonitas de rainhas e reis.
Me lembro do anjinho pendurado sobre a minha cama, como se me guardasse de todo o mal, e dos “sapinhos” de bolo da Joinville. Quantos aniversários festejei ali... Posso sentir o sabor amanteigado e a baunilha do glacê.
Vejo que o vírus embotou meus sentidos, mas não a memória. E eu sinto estes cheiros
05/02/2021
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