Hoje não foi seu telefonema que me acordou. Senti falta dos seus augúrios, do “quero que você seja feliz “. Talvez porque não me sinta muito feliz ultimamente e precisava daquela certeza que não veio.
Fazer aniversário tem algo de cruel. Saber que serão sempre menos festejos e mais lamentos. A cada ano, um marco temporal da finitude. Não pensamos nisso quando somos jovens.
Me olho no espelho e tento me reconhecer.
Sou uma velha estranha ocupando um espaço comum.
Brindo a mim e à minha memória.
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